Fernando de Noronha terá espetáculo da Paixão de Cristo na Semana Santa

“Fazer Jesus é sempre desafiador. É um dos personagens mais incríveis da história e considero também um dos mais modernos. A sua mensagem de amor, de abnegação, de entrega, de perdão, até hoje a humanidade ainda não conseguiu seguir bem o que ele pede ali de forma muito simples: amar o próximo como a si mesmo, e naquela época lá atrás. Já é a quarta vez que estou fazendo. O primeiro ano foi de muito estudo, procurei ver todos os Jesus Cristo possíveis para tentar chegar na minha interpretação de Jesus. Ele era amor, era carne, e é esse o legado que deixa pra gente, que, mesmo sendo carne, tendo as mesmas aflições, necessidades e desejos que a gente, Ele foi capaz de cumprir a missão, mesmo sendo açoitado, rejeitado, maltratado, espancado por toda aquela geração da época quando estava falando ali de amor. Então eu tento trazer todo esse universo para a interpretação de Jesus”, ressalta o ator Amandi Cortez.

Por conta da pandemia, o espetáculo não aconteceu durante três anos (2020, 2021 e 2022). Essa é a 28ª edição da Paixão de Cristo de Fernando de Noronha, uma ideia que começou em 1992, com a produtora cultural e incentivadora da cultura popular, Ana Martins da Costa, mais conhecida como dona Nanete, falecida em fevereiro de 2020, e que agora está sendo levada adiante por sua família. “É uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, um grande prazer”, disse o diretor Ney Costa, filho de dona Nanete.
Texto: Karlilian Magalhães
Fotos: Eloíde Araújo