Noronha intensifica fiscalização para impedir a entrada de plantas exóticas na ilha

Noronha intensifica fiscalização para impedir a entrada de plantas exóticas na ilha

A equipe de meio ambiente da administração de Fernando de Noronha iniciou uma fiscalização diária no aeroporto Carlos Wilson, visando impedir a chegada de plantas exóticas na Ilha. A ação tem a finalidade de conscientizar e informar a comunidade sobre a proibição da entrada ou importação de plantas, sementes e mudas de quaisquer espécies no arquipélago.

A entrada de espécies exóticas na Ilha, proibida através da Portaria AG/ATDEFN Nº 057/2020, pode causar impactos devastadores sobre as espécies nativas, resultando em um crescimento descontrolado da espécie exótica e na introdução de patógenos, como fungos e bactérias, além de pragas e outros agentes nocivos.

Os fiscais da equipe de meio ambiente fazem a apreensão de todas as plantas, sementes e mudas que forem levadas ao arquipélago por via aérea ou náutica. Quem descumprir a norma sofrerá uma advertência e receberá uma notificação de acordo com a Portaria.

“O nosso objetivo é divulgar a existência da proibição e desenvolver a consciência nas pessoas, pois precisamos evitar prejuízos ao meio ambiente. Entre eles, destacam-se os danos à nossa flora, como a introdução de uma espécie exótica que possa ameaçar os ecossistemas e as espécies nativas”, disse a superintendente de Meio Ambiente, Mirella Moraes.

Um dos exemplos de planta exótica que entraram na Ilha é a Leucena, que inibe o desenvolvimento de outras espécies nativas, causando um grande prejuízo à vegetação. De acordo com a bióloga, Sandra Cadengue, algumas plantas nativas, como o Mulungu, já apresentam fungos devido a um patógeno trazido por plantas externas ao ecossistema da Ilha.

“É importante que as pessoas tenham ciência que trazendo qualquer tipo de planta para cá, sem o devido cuidado, podem trazer junto insetos, como a mosca branca, responsáveis por causar danos. Essa proliferação acontece muito rápido, inclusive podendo acarretar perda de identidade da flora”, afirmou Sandra.

Texto: Bruna Woolley

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